sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

The Poetic Dimension of technique, or: the road is built on the walk / A Dimensão Poética da técnica, ou: o caminho se constrói no caminhar

In the popular imagination, the meaning of the word 'technique' is associated with rigid, pre-set procedures, with known objectives, near to a scientific understanding, which would require objectivity, impartiality, accuracy and reproducibility. Looking from this angle, the meaning of 'technique' is detached from its Poetics Dimension.
Reinstate the Poetics Dimension to the sense of the word 'technique' is important to me because it lowers the mystery around the ability to make art, to choreograph, or to create, even if the creation belongs to a repertoire of movements for non-artistic purposes. Every creative act is linked to ways of doing, it generates a 'modus operandi', it creates paths that can be learned. It's the result of study, research and work. It's technical development. 
The creative process of movement is done through the poetic demands, generating questions, from which bodily responses (techniques) are built. They produce what we see as an artistic result. These techniques are the result of non-predictable poetic demand and non-existent prior to the creative process experience. The path is built with the walk itself. In such cases, it is evident the technical-poetic, art-technical indissociation. It's like playing. On or off stage, with private or public applications, in any case: playing is necessary!











No senso comum, o sentido da palavra técnica é associado a procedimentos rígidos, pré-estabelecidos, com objetivos conhecidos, com significado próximo de um entendimento cientificista, que pressupõe objetividade, imparcialidade, exatidão e replicabilidade. Olhando por esse prisma, o sentido de 'técnica' está desprovido da sua Dimensão Poética.
Reintegrar a Dimensão Poética ao sentido da palavra técnica é importante para mim, porque diminui o mistério sobre a capacidade de fazer arte, de coreografar, ou de criar, mesmo que a criação seja de um repertório de movimentos para finalidades não-artísticas. Todo ato criativo está vinculado a maneiras de fazer, gera 'modus operandi', cria caminhos que podem ser aprendidos. É fruto de estudo, pesquisa e trabalho. É desenvolvimento técnico.
O processo criativo no movimento é feito através das demandas poéticas, que geram perguntas, a partir das quais são construídas respostas corporais (técnicas), que produzem o que vemos como resultado artístico. Essas técnicas são fruto da demanda poética não-previsíveis e não-existentes antes da vivência do processo criativo. O caminho se constrói com o próprio caminhar. Nesses casos, fica evidente a indissociação técnica-poética, arte-técnica. É como brincar. Em cena ou fora dela, com aplicações íntimas ou públicas, em qualquer hipótese: brincar é preciso!

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