quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Sensitivity and confidence in the experience of instabilities / Sensibilidade e confiança na vivência de instabilidades

The first time someone steps on the Flymoon®, sensitivity is required from the teacher. In general, the teacher can only superficially indicate what will happen and how the student must protect from the imbalance, but the experience to balance themselves on the Flymoon® is non-transferable and the teacher indications about the muscles won't help much. It's just necessary to give them confidence, to have security strategies (something in which the student can hold on to) and time for adaptations to happen.
From the experience of observing how students deal with the instability of the Flymoon® -  that takes off the commonplace, transforms the weight-bearing relationship over the feet, causes insecurity, laughter, fear, excitement and unexpected reactions -, I realized that:
1. It takes time to handle the instability;
2. It is pointless to make indications on the voluntary muscle actions; and,
3. It is absolutely necessary to provide trust and confidence by being near the student and through prior indications about how to leave the risk position, where to hold on to and having a helpful and friendly attitude, providing indications that physiologically situate the experience, and recognizing and accepting the personal difficulty to that uncomfortable experience of loss of control over the own balance.

It is absolutely ineffective to make any indication similar to: 'hold by the abdomen', 'keep your arms relaxed', or other proposals like this, when the student is unwittingly trying to keep his/her balance. It was from these notions constructed by experience with the instability of the Flymoon® on students that I saw paths to a methodology with less motion directions and more space for the insertion of a Poetic Dimension to people's lives, through personal investigation of movement, through the creative experience, through the 'empty', through the recognition of one's Internal Authority, and the possibility of questioning fast rules.
Foto: Tatiane Chitão

Na primeira vez que alguém sobe na Flymoon®, é preciso sensibilidade do professor. Em geral, o professor só pode indicar superficialmente o que vai acontecer e como o aluno deve se proteger do desequilíbrio, mas a experiência de equilibrar-se sobre a Flymoon® é intransferível e as indicações musculares do professor ajudarão pouco. É preciso simplesmente dar-lhe confiança, estratégias de segurança (algo no qual ele possa se segurar) e tempo para que as adaptações aconteçam.

A partir da experiência de ver como os alunos lidam com a instabilidade da Flymoon® – que tira do lugar comum, transforma a relação de descarga de peso sobre os pés, provoca insegurança, riso, medo, entusiasmo e reações inesperadas –, percebi que:


1. É necessário tempo para lidar com a instabilidade;

2. É inútil fazer indicações de ações musculares voluntárias; e,
3. É absolutamente necessário oferecer confiança e segurança estando próximo ao aluno e através de indicações prévias sobre como sair da posição de risco, onde se segurar e uma atitude atenciosa e acolhedora, oferecendo indicações que situem, fisiologicamente, a experiência, e reconhecendo e acolhendo a dificuldade pessoal àquela experiência desconfortável de perda de controle sobre o próprio equilíbrio.

É absolutamente sem efeito qualquer indicação do tipo: ‘segure pelo abdome’, ‘mantenha os braços relaxados’, ou outras propostas desse tipo, quando o aluno está involuntariamente tentando equilibrar-se. Foi a partir dessas noções construídas pela experiência com a instabilidade da Flymoon® nos alunos, que vi caminhos para uma metodologia com menos indicações de movimento e mais espaços para a inserção de uma Dimensão Poética à vida das pessoas, pela investigação pessoal de movimento, pela experiência criativa, pelo ‘vazio’, pelo reconhecimento da própria Autoridade Interna, pela possibilidade de questionar regras prontas. 


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